domingo, 12 de dezembro de 2010

Ponto final

Deixei de analisar o que estou fazendo. Deixei de buscar um significado pra tudo. Deixei de tentar prever o que pode acontecer. Simples assim.

E, por isso, esse blog não faz mais sentido.
Sem mais.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

You're doing it wrong

- Por quê você não me beija?
- Como assim? *disfarçando o total desconcerto*
- É, por quê sou eu que sempre tomo a iniciativa?

Porque eu sou tonto, só por isso.
E eu sei que não vou tomar isso de lição em outras ocasiões.
Saí até que bem da situação, mas não é legal ouvir isso quando você sabe que você é assim mesmo.

Isso não é parecer difícil, não é esperar pra ver até onde a coisa vai. Isso é insegurança e medo de rejeição.
E é muito pior quando tá tudo bem nítido, ali na sua cara, e você simplesmente não consegue tomar uma atitude.
Eu sempre fui assim, mas já fui melhor um dia.

Andei pensando nesses dias em como seria se eu falasse a verdade pras pessoas. O que eu realmente penso sobre as coisas, sem regular muito.
E enfim, isso era pra ser um mini post mas eu sempre acabo falando um monte de merda a mais, então deixa esse assunto pra depois.

Bleh.

(Mas depois foi bem legal, pelo menos.)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Superficial

Pra quem não é tão seu amigo assim, é tipo colega, anda com você de vez em quando ou sei lá - pra esse tipo de pessoa é normal você não saber detalhes da vida dela. O que ela anda fazendo, sentindo, pensando. E vice-versa.
Mas imagino que pra quem é amigo mesmo, mais próximo, que se importa e tal, principalmente se a pessoa tem o costume de compartilhar o que acontece com ela, deve ser estranho nunca saber o que está acontecendo com o outro.

Sim, eu entendo quando me falam eu não me abro e isso é estranho e blá blá blá. Mas nunca tinha parado pra pensar na posição das pessoas quanto a isso.
Tenho amigos assim, e talvez por eu ser assim eu não paro pra pensar. Eu não me importo.
Não no sentido ruim. Simplesmente não sinto que a pessoa deva me contar alguma coisa pessoal. Se quiser eu vou dar a maior atenção possível, mas só se quiser.

Eu comento coisas do cotidiano, coisas engraçadas, o que eu fiz no dia, o que eu vi, etc etc. Mas não comento nada que eu tenha pensado ou que possa mostrar muito sobre mim.

Pode parecer que sou um amigo superficial e que falo de coisas genéricas. Não sou, mas pode parecer.
Acontece que sou desconfiado, e sempre vou ser.

Há poucos dias eu contei pra um amigo algumas coisas que andava sentindo e pensando sobre um assunto aí. Percebi que minha hesitação em falar acontece, muitas vezes, pela minha falta de certeza.
Eu mudo de ideia muito fácil. Preciso digerir e pensar muito. E possivelmente nunca vou chegar a uma conclusão final. Talvez seja pra ser assim mesmo, mas parece que não posso contar pra alguém enquanto eu não tiver essa conclusão.
Enfim, eu acabei falando muito. E só falei porque esse meu amigo nunca nem viu as pessoas envolvidas, e por isso foi bastante imparcial.
É provável que eu nunca nem fale sobre isso por aqui, mas é irrelevante pra esse post.

Acho que é questão de tempo para os amigos mais novos perceberem que no fundo só eles falam.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Mulheres, assexuados e tarados

Eu tenho um dom: investir e ficar amigo demais.

Dom é o caralho.
Beleza, eu gosto de amigas. Não tô reclamando disso, não mesmo.
O fato é que quando você se torna verdadeiramente amigo de uma mulher, você se torna assexuado.
Não sei em outras idades, mas até a faixa etária em que me encontro, sempre foi assim.

Eu não sou um exemplo de alguém que passa e chama a atenção das meninas. Tenho noção de que não sou feio, ou sei lá. Mas sei que não tenho presença.
Se eu tiver interesse em alguém eu vou ter que me esforçar um pouquinho. Vou ter que ir além.
Balada? Esquece. Eu nem tento. Nem gosto de balada mesmo, mas quando eu vou eu sei que não vai ser pra pegar ninguém.

Enfim. Pra você ter alguma coisa com uma menina algo em você tem que chamar a atenção dela. E comigo eu sei que vai ter que ser na conversa.
E bom, não tenho habilidade nem paciência pra brotar assuntos com quem não conheço. Então eu dificilmente ganho algum destaque de cara.

Com isso, eu preciso de tempo. Se eu tiver tempo, e houver compatibilidade, eu vou mostrar que sou legal. Até demais. E quem é legal demais é o quê? É amigo.

Podem dizer que eu sou filho da puta e só tenho interesse em sair pegando geral. Obviamente isso não é a verdade.
Eu não teria que explicar isso, afinal ninguém lê isso aqui mesmo, mas eu vou.

Como eu disse no começo, eu gosto de ter amigas. Não me aproximo de meninas pelo único fato de querer pegar elas, mas é claro que isso é inevitável. Ainda mais depois que eu conheço mais a pessoa, gosto da companhia dela e etc.
Acontece que eu viro "amigo gay". E EU NÃO SOU GAY PORRA. Não adianta vir com essa de que é amiga quase homem. Claro, tenho vários exemplos de amigas assim, que eu acabo tratando como se fosse um "brother", mas no fundo - e nem tão no fundo assim - não é desse jeito que funciona.

Um homem NUNCA vai ver uma amiga mulher como outro homem.
Ele pode tratar ela como um homem, falar coisas e fazer coisas que não faria na frente de qualquer mulher. Ele pode até nem ter interesse mesmo.
Ah, mas se ele tiver oportunidade, esquece esse papo.

E isso não é comigo. Isso é um fato.

Homens gostam de amigas porque conseguem entender um mínimo do que se passa na cabeça delas. Amigas te dizem a verdade, na lata. Elas não fazem joguinhos porque elas não querem nada com você.
Mulheres gostam de amigos porque homens são leais.
Podem dizer o que for de um homem, mas temos nossas regras quando se trata de amizade. E entre as mulheres isso não existe.
Há outros motivos, mas isso é o geral.

Você percebe que você passou do limite de um conhecido para um amigo quando a menina passa a comentar com você sobre outros caras, sobre os rolos dela etc etc etc.
E fica pior ainda quando elas começam a soltar que estão carentes, que estão precisando de sexo e coisas do tipo.
PUTA QUE ME PARIU. Novamente, eu não sou um amigo gay, por mais que pareça. O que você quer que eu fale?
Cara, eu já ouvi esse tipo de coisa muitas vezes. Muitas mesmo. E eu sou burro, porque o que eu deveria falar é "tá assim porque quer, porra".
Na verdade já falei isso várias vezes, mas normalmente sem insinuar nada. Porque o que acontece quando eu insinuo? Eu tenho que fingir que é brincadeira depois, porque parece que é um crime o fato de eu ser um puta amigo e ao mesmo ter outros interesses.

Se uma mulher ler isso, principalmente se for amiga minha, vai achar que eu sou um tarado escroto.
Não, é que eu gosto de mulher mesmo. Se eu fosse isso eu ia falar na cara o que eu penso toda vez que ouço essas coisas.
Minha mãe sempre diz que eu sou lerdo e que um dia vou me arrepender de todas as oportunidades que já perdi. E é verdade.

Mas aí entramos em um outro ponto, que inclusive já discuti muito por aqui. O negócio é que mulher não quer o bonzinho que tá do lado dela ouvindo e tentando entender.
Mulher quer aquele que não retornou a ligação, o que esnobou, o que preferiu outra, o que sumiu sem explicação.
Elas simplesmente não conseguem entender o fato de um homem não as quererem. E eu realmente fico admirando de como isso é verdade.

Isso virou um dos maiores posts do blog, mas é porque esse assunto já tava engasgado há tempos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Companheiros e barreiras

Pela primeira vez eu senti um laço mais forte com pessoas daqui.

Apesar de não suportar muita gente, tem alguns que eu gosto muito. Mas sei lá, sempre foi meio superficial.
Minha mãe disse há um tempo que eu demoraria pra criar uma relação mais forte na faculdade, e eu discordei. Pra mim eu nunca criaria uma relação tão forte como a dos meus amigos antigos.

Claro que tão forte não ia ser mesmo, mas até o semestre passado eu não tinha me identificado de verdade com ninguém da minha sala ou outro lugar.
E ontem eu senti que eu posso estar errado.

A questão não era só me identificar.
Eu sentia falta de ter companheiros. É isso que tenho em Garça.
Não são apenas amigos. São pessoas que posso contar, pessoas que eu ligo a qualquer hora e estão prontos pra tudo. Pessoas que me conhecem e me entendem. Onde eu falo e faço sem pensar.

Eu sei que isso leva tempo, mas nunca tive nenhuma perspectiva de encontrar esse tipo de coisa por aqui.
Até porque em Marília também foi assim. Alguns anos de relação com tanta gente de lá e posso contar nos dedos quem não vai estranhar minhas bizarrices. Com quem eu posso ser eu mesmo.

Estou voltando a ser eu mesmo. Até mesmo com quem não vai me entender.
Estou me encaixando, eu acho.
As barreiras estão caindo aos poucos, e tudo fica melhor assim.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Filhadaputagem

Ao longo da minha adolescência eu aprendi que mulher adora cara sacana.

Pode parecer um puta clichê, mas analisando tudo que eu vivi nos últimos 5 anos eu vejo claramente o que determinou que eu me desse bem ou que eu tomasse no cu.

Todas as vezes que fui bobinho e me importei eu levei na cabeça. Todas.
Já nas vezes que eu desencanei e fiz o que quis eu tinha gente brigando por mim.

É simples. Mulher odeia homem bobo. Mulher odeia cara que dá a vida por ela.
O que é errado mesmo. Mas o lance é que elas não só odeiam cara bobo, como ficam malucas por cara que não se deixa dominar.

É triste perceber que eu deixei de abominar a traição.
Eu sempre apoiei a tática do "levemente cafageste". Dar perdido e fingir que não tá nem aí. Só pelo esporte, nada além disso.
Mas nos últimos tempos deixei de valorizar tanto assim a virtude da fidelidade.

Ainda acho incrível um casal que se ama, se valoriza e se basta. Mas hoje pra mim é quase que utópico.

E entrei nesse assunto mas não é só isso.
Homem tem que ser filho da puta mesmo. Ou já é naturalmente ou descobre que é o que dá certo.
E se não for vai ficar sozinho mesmo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Algo especial

Sei lá, não tô muito feliz.

Angustiado. Desmotivado.

Não fui na aula hoje de manhã por pura falta de vontade.
Ia matar essa aula se voltasse pra casa. No fim não voltei e mandei a aula pra merda mesmo assim.

Lembro muito bem de um tempo que algo parecido aconteceu.
Agia como um zumbi e criava motivos pra não sair da cama.

Que merda, eu odeio isso.
Odeio me sentir um fraco.

Quero arranjar algo de produtivo pra fazer. Algo que me empolgue, que me dê prazer.
Penso nisso o tempo todo. E o tempo todo tenho medo de não encontrar algo que eu faça de especial.
Algo pra colocar em prática. Algo de útil.
Conhecimento e habilidade.

Tenho raiva da minha letargia.
Já fui mais ativo. Já fui mais atrás dos meus interesses.
Quero saber e entender as coisas, mas continuo parado.

Algo precisa mudar.