domingo, 31 de janeiro de 2010

Inexistente #3

Sentia algo muito familiar, como se já tivesse visto ela em algum lugar. Pra estar andando por ali naquela hora ela com certeza era do bairro, mas não sabia se já tinha visto. Não conhecia muita gente com idade próxima da minha na nossa vizinhança. O lugar era constituído basicamente de idosos e recém-casados, com filhos bem pequenos ou nem isso. Era um lugar perfeito para velhinhos e crianças, já que o trânsito era quase zero e havia policiamento direto devido ao alto nível das residências.
Pra mim sempre foi péssimo, pois não queria calmaria e não tinha idade pra pegar o carro e ir aonde tinha movimento. Dependia das minhas pernas pra sair dali na maioria das vezes, ou da carona dos meus pais quando tinha sorte e aproveitava o caminho deles pra sei lá onde. Até que foi bom, aprendi a me virar. Andava pra todo lado não importando a hora, enquanto a maior parte dos meus amigos ficariam completamente perdidos se fossem jogados a pé há dois quarteirões de suas casas. Dois é um pouco de exagero, mas em alguns casos era bem isso mesmo.
Mas enfim a dúvida passou. Não havia o que dizer depois daquele olhar. Era inconfundível. Não pensei duas vezes pra seguir pela direção que ela ia, tinha que confirmar aquilo. Será que era mesmo?
Fui andando um pouco apressado e desci na outra esquina em direção à rua em que ela estava. A luz não tinha voltado ainda, mas era incrível como a lua fazia o trabalho perfeitamente. No meio da rua que descia eu vi ela virando a outra esquina. Gelei com aquela imagem, ela era mesmo. Ela estava diferente, havia crescido. Alguns anos passaram mas a essência ainda era a mesma.
Diminui o meu passo, e aos poucos nos aproximávamos. Paramos a uns 5 metros de distância um do outro.
- Alice? - perguntei, ainda com uma certa insegurança.
- Você não esqueceu mesmo! - disse ela com um sorriso tímido.
Não poderia nunca imaginar o que aquele passeio me reservava. Corri até ela e a abracei forte. Ela ainda tinha o melhor abraço da minha vida.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A explosão que não vem mais

Alice me ligou. Estava furiosa. Não atendi, mas sei que estava. Não fiz o que combinamos, e não por que esqueci ou porque quis fazer algo melhor. Não fiz porque não quis, simples assim. Não quis ouvir sua voz descontrolada e suas expressões de raiva e reprovação. E também não quis atender e ouvir um descontrole agora acumulado. Já conhecia todo o discurso, e agora era pior. Ela sabia que eu não ia atender e que não me incomodaria nem um pouco com o telefone tocando o dia todo, e eu também sabia que ela não ficaria só nisso.
Eram umas 5 da tarde ainda, mas o sol já havia sumido há tempos por causa do tempo feio que havia se formado. O mundo caía lá fora e a minha vida caía junto, e eu permanecia jogado no sofá sem fazer nada. Não queria pensar, não queria agir. Não queria nem fugir, só queria evitar que tudo fosse pelos ares de vez. Mas agora não teria como. E isso era uma grande merda.
A campainha tocou. Ela tinha a chave, mas mesmo assim tocou a campainha. Ela queria me forçar a encarar a situação. Não bastava entrar e vomitar tudo pra um corpo sem ação, como se fosse uma mãe nervosa que é ignorada até que a raiva passe. A raiva já tinha passado, e o que vinha agora era pior que isso.
Estava ouvindo um CD gravado por ela. Eram suas músicas favoritas de bandas que os dois ouviam, e naquele momento tocava Baba O'Riley do Who. Levantei e fui andando descalço até a porta com um copo de Jack na mão. Apenas abri a porta e dei a volta sem chegar a olhar pro seu rosto.
- Eu não aguento mais isso. - disse ela em voz calma e séria.
Continuei como se não tivesse ouvido nada. Enchi o copo e coloquei mais gelo, e sentei no sofá. Fiquei um pouco inclinado, com o copo entre as pernas e os olhos fechados, viajando com o solo de violino da música.
Acho que a cada segundo eu fazia algo que deixava Alice mais furiosa. Ela devia estar engasgada com tanta coisa pra falar, e eu não dava nem brecha pra ela começar. Eu ficaria bem puto se fosse comigo, mas não era por maldade. O lance é que estava esgotado - completamente -, e não conseguia falar nada que tivesse alguma relação com aquela merda toda.
Ela estava de pé e não muito próxima de mim. Olhei pra ela pela primeira vez, com um olhar meio vazio e a boca meio torta - costume de quando algo está errado e não sei o que dizer -, e dei tapinhas no sofá pra que ela sentasse do meu lado.
O clima estava pesado demais, mas metade de mim estava leve. Eu não consigo dar atenção a esse tipo de problema: uma coisa tão pequena que se torna cíclica e nada mais resolve. Ignoro tudo e me foco em qualquer outra coisa à minha volta. Um tanto infantil, mas é assim. Não adianta mais remendos aqui e ali, não adianta soluções pequenas e temporárias. Não adianta nada disso.
Começava Time. Parecia que a música deixava o clima ainda mais incerto com aqueles sons perdidos no nada enquanto a bateria se aquecia pra explodir a qualquer momento.
Abri a boca pela primeira vez.
- Sabe, quando eu era menor e ouvia esse início, eu pirava com os relógios. E depois eu ficava contando cada vez que a bateria ameaçava entrar com o verso. Eu ficava até meio incomodado, nunca sabia quando a música ia começar de verdade. Depois de alguns anos eu parei com isso e passei a aproveitar o momento. Parei de pensar quanto tempo ainda faltava. Sei lá, eu acho que percebi isso quando eu vi que me surpreendia quando vinha o toque final e entrava a voz com os outros instrumentos. Foi lindo, sabe? Sei lá, aqueles segundos de início passaram a ser horas. É como naqueles momentos em que você olha pra pessoa que você ama e fica com a porra da boca calada por sei lá quanto tempo, e você tem a certeza de que aquele é o lugar que você quer estar. Seja por alguns segundos, aquele lugar com aquela pessoa é o único lugar no mundo certo pra você. Nada mais importa. Sem palavras, sem mágoas, sem lembranças. É aproveitar o momento, sabe? Sentir que os segundos viraram horas. E depois aproveitar a explosão.
A música veio com tudo, e logo veio aquela guitarra maluca pra tomar conta da minha cabeça. Ela não se manifestou.
- Acho que a gente voltou ao incômodo de ficar esperando a hora da explosão. E aconteceu que ela nunca mais veio. É triste, mas é a verdade. - dei uma pausa e continuei. - Você me completa, sabe? Você sabe que sim. Mas a gente tá fazendo isso do jeito errado.
- E como é o certo? - ela perguntou.
- Não sei não, mas é algo bem diferente disso. - disse olhando pro chão. - Isso aqui tem que acabar.
"This is a song about innocence lost."
É o que era dito antes da próxima música, e se encaixava muito bem naquela situação.
- Parece que a gente cresceu demais. - concluiu ela.
Não disse mais nada, mas aquilo era verdade. Só que a gente demorou a entender isso.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Meio a meio

Sou meio nerd e meio festeiro.

Não tenho jeito com pessoas que não conheço muito, e principalmente quando essas pessoas não têm o menor problema em falar e agir naturalmente com você. Tenho problemas com isso.
Eu sou tímido, não sou descolado, e não faço amizades o tempo todo. Considero que tenho mais amigos e conhecidos do que a maior parte das pessoas, mas isso porque já fui muito de um canto pro outro, e aí é inevitável.
Às vezes eu prefiro ficar em casa com meu computador e meu mundo. Meus pais sempre foram um pouco reguladores. Sem excessos, mas sempre tive horários e regrinhas a cumprir, então muitas vezes é mais fácil não forçar uma barra aqui pra ter mais liberdade depois.

Porém, eu gosto de ser sociável. Eu gosto das pessoas. Gosto de conviver com elas, de me misturar, de fazer parte de um grupo. Gosto de ficar na rua. Seja a rua literalmente, ou a casa de alguém, gosto de ficar e ficar, e voltar de manhã pra casa. O problema dos horários com meus pais sempre surge, mas eu acabo adiando ao máximo o "voltar pra casa". Absorvo muito fácil características e gostos das pessoas em geral. Não por cópia, mas porque gosto de descobrir coisas, e renovar meus conceitos, e sei lá.

O negócio é que odeio ter que me adaptar a um grupo estranho. Eu gosto dos meus grupos, que as pessoas me conhecem e por mais diferentes que elas sejam eu posso agir como eu mesmo.

Sei lá, odeio a atitude de algumas pessoas. Não se enxergar, se sentir superior, ou não dar a mínima para os outros. Odeio pessoas que não dão valor para as pessoas que estão do seu lado. Me incomoda isso, e me incomoda quando quem tá do lado dessas pessoas sabe o quão escrotas elas são, mas se deixam levar.

Odeio dramas gratuitos, e odeio quem fala e reclama de algo e não faz nada pra mudar.

Odeio cigarro, odeio quem xinga os outros de "burro", "idiota", "anta" e derivados, e odeio o ar de superior que elas ganham na frente de todos quando dizem essas coisas.
É, eu odeio muitas coisas.

Tenho problemas quando levo alguma agressão desnecessária. Não sou de fazer isso, e fico sem resposta quando isso acontece.
Não gosto de me sentir diminuído. É um pouco de complexo, eu acho. Sempre fui pequeno e magro, e por isso dificilmente imponho respeito.
Não sou machão, e longe disso. Não sou do tipo que domina uma situação ou relação, não acho isso necessário, e odeio ser forçado a fazer isso para que eu não seja o dominado.
Odeio dó, principalmente quando acham que estão pegando pesado demais comigo.
Eu não sou idiota e eu sei me defender. Mas acho desnecessário devolver quando você leva uma. Acho que vale mais você ficar na sua pra que o outro perceba o quanto ele foi escroto.

As pessoas tendem a dar patadas quando são tratadas bem demais. Não simplesmente ser tratada bem, mas saber que o outro se esforça pra te agradar causa irritação. Já apanhei e já bati, e isso é fato. Mas quando você leva você tem que fazer algo. Falar diretamente e com firmeza, ou tratar a pessoa com indiferença sempre dão efeito. Por mais que você não queira fazer isso, ninguém tem o direito de tratar ninguém mal. E eu fico puto quando alguém acha que pode, porque se acha melhor que o outro, ou sei lá porque.

Não tenho nada a ver com a vida dos outros. Já me meti demais em muita coisa, e não faço mais isso. As pessoas que façam o que acham melhor, mas isso não me impede de ter minhas opiniões.
E porra, como tem gente escrota e gente boba por aí.

Ah, e voltando ao assunto original do post, eu gosto de ser assim. Há muito eu não escondo mais minha essência nerd, e pau no cu dos descolados.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Ilusões, loucuras, bobeiras..

Eu sei que eu já disse isso, mas quero amar alguém.
Já discuti com amigos os motivos de ter alguém, e são muitas coisas. Mas sinto falta de alguém.

Agora pouco citaram 500 Dias Com Ela, e como eu fico maluco quando falam desse filme. Vontade há tempos de ver de novo.

Vou trocar o dia pela noite hoje, como diz minha mãe, por causa de uma porra de aula que nem vai existir mas que precisa ser marcada com a minha digital.

Sei lá, tô com vontade de falar merda. Ou não falar nada, só ficar quietinho com alguém.

Não sou bom amigo às vezes. Não respondo mensagens de pessoas importantes, eu sumo, eu sei lá.

Quero fazer loucuras, quero ser livre. Quero não cumprir horários, quero ficar com pessoas divertidas. Quero rir, quero falar bobagem.

O que fazer pra me manter acordado sozinho?

É bom fantasiar. É bom criar coisas na sua cabeça e reproduzir no papel, ou aqui. É bom, principalmente quando você tem noção dessa ilusão.

Esse post tá uma grande merda. Mas tá me ajudando a ficar acordado. Caramba, só mais uma hora!

Sabe o que eu quero? Massagem! Completinha.

Tô cansado. Mentalmente e emocionalmente. E fisicamente neste exato momento.

Sou fiel demais. Sou crédulo demais. Sou bobo demais.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Her Majesty

Estava ouvindo Abbey Road quando ela apareceu. Chegou bem na melhor parte, estava começando o medley. E eu fico maluco nessa parte.

one two three four five six seven
all good children go to heaven


A primeira coisa que fez quando abri a porta foi voar em mim e me dar um abraço. Daqueles que você se entrega, sente tudo e não sente nada. Daqueles abraços sem um fim, que não causam incômodo após alguns segundos. Daqueles de verdade.

everybody's laughing
everybody's happy
here comes the sun king


O abraço passou, e nada foi dito. Não estava bom pra palavras. Não tinha o que dizer, e nem vontade. Já estava lá pelo terceiro copo, e estava descendo fácil. Ofereci alguma bebida mas ela não aceitou.

always shouts out something obscene
such a dirty old man


Peguei sua mão e voltamos pro abraço inicial, me deu vontade de dançar. Começamos mexendo os pés de leve, no ritmo da música que começava. Queria sentir aquele som que se espalhava pelos cantos da sala enquanto me soltava no corpo dela.

yes you should see polythene pam
yeah yeah yeah


Seu cheiro me deixava tonto. Seu pescoço, sua nuca, seu ombro. Deslizava os dedos pelas sua costas por debaixo da blusa, sem maiores intenções. Queria apenas sentir seu corpo e os arrepios que vinham cada vez que descia e subia a mão.

sleep pretty darling do not cry
and i will sing a lullaby


- Te adoro. - ela disse no meu ouvido.
Chegava a parte agitada do medley, mas continuamos só nos passinhos.
Eu também adoro ela, e pra mim isso significa muito mais do que um "eu te amo". Mas não gosto de responder essas expressões, sempre soa falso.

and in the middle of the celebrations
i break down


- Some de novo e eu arranjo outro pra dançar. - ela continuou, sem se afastar um milímetro.
- Você nunca encontraria trilha-sonora melhor. - respondi.
Ela me segurou mais forte.

and in the end
the love you take
is equal to the love you make


- Me beija logo.
Era tudo que tinha de dizer. Era tudo que ela tinha de ouvir.

i wanna tell her that i love her a lot
but i gotta get a belly full of wine
her majesty is a pretty nice girl
someday i'm gonna make her mine
oh yeah, someday i'm gonna make her mine

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nárnia

Não estou mantendo muito o padrão de leitura por dia, mas estou avançando bem. Finalmente estou conseguindo ir pra frente com Crônicas de Nárnia.
Estou lendo na ordem cronológica, e não na dos lançamentos. São sete volumes, e o que estou lendo é O Sobrinho do Mago. É o primeiro na ordem cronológica, e o sexto a ser lançado. Sei lá qual é o melhor jeito de ler, mas acho que assim vai ser legal.
Os três filmes (dois lançados e um em produção) são os três primeiros na ordem de lançamento, e não lembro muito bem da história dos dois primeiros, mas estou ansioso pra começar a ler o primeiro livro, que é o segundo na ordem cronológica, e relembrar o que vi no filme.

Eu tenho uma tendência a gostar de livros infantis, ou algo do tipo. Gosto da linguagem. Faz você viajar tão fácil.

Inexistente #2

Vi de longe uma menina andando sozinha naquela escuridão. Fazia o mesmo que eu. Ela olhou pra mim por alguns segundos, abaixou a cabeça e continuou andando. Não era possível ver tantos detalhes daquela distância, mas pude ver que tinha cabelo escuro, comprido até o meio das costas, e caminhava lindamente.
Tinha um ar despreocupado no seu andar. Se balançava toda, mas de forma suave. Seguia um certo ritmo, andava sem pressa e sem medo. Podia estar com a cabeça cheia de assuntos inacabados, ou completamente vazia. Ou os dois juntos, assim como acontecia comigo.
Quando você tem tanta coisa bagunçada na sua cabeça e para um pouco pra pensar, tudo continua lá mas você simplesmente apaga. Você não esquece, mas aquilo se torna secundário. É estranho acontecer justamente na hora que você pode analisar cada coisa, mas é assim que funciona. Vem tanta coisa ao mesmo tempo que você nem olha pra elas. E é bom assim.
Estava a um quarteirão de distância da menina. Ela olhou pra mim de novo quando chegou na esquina da rua de baixo e virou para a direita. Fiz o mesmo.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Ler e escrever

Metas: ler todo dia e escrever mais.

Tenho uma lista de livros que estou louco pra ler, mas demoro anos porque não consigo ler todo dia, ou por preguiça ou porque esqueço mesmo.
Já marquei um horário pra despertar eu me lembrar de ler. Quero conseguir minha meta de ler pelo menos meia hora por dia. Quando ficava horas dentro de um ônibus todo dia era fácil. Agora eu sempre arranjo outra coisa pra fazer.

Quero escrever mais. Tenho ideias, tenho vontade, falta desenvolver. Parei tudo no fim do ano, está na hora de voltar.
Tá tudo aqui dentro, só falta o momento certo pra soltar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Yes!

É, livríssimo!

Não pensei muito depois da prova. Mas depois que pisei em casa, que delícia!

Pensei em tanta coisa e não pensei em nada nesses dias. Pensei em pessoas, tive sonhos estranhos. Pensei no agora, pensei algumas semanas na frente. Dei risadas, tive sono, e não tive quando precisava. Alguns pensamentos errados aqui e ali, algumas conversas com pessoas estranhas, e no fim foi um belo desfecho.

Sei lá, nem sei o que fazer agora. Quero as pessoas. Cheguei com todo mundo fora ou saindo. Mas mais uns dias e as pessoas aparecem.
Só tenho motivos para sorrisos bobos agora!

E aqui pode entrar qualquer música divertida com batidas animadas. A letra pode ser triste, mas a batida tem que ser dançante.
As músicas deprês estão me seduzindo aqui, mas deixa pra de madrugada.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Papo de velho

Pode parecer coisa de velho, mas o tempo passa rápido, não?

Eu tive anos tão bons e tão diferentes. E eu sinto uma pontinha de saudade de cada um deles.
Não voltaria no tempo se fosse possível. Sou saudosista pra caralho, mas eu me apavoro ao pensar na possibilidade de viver o que já vivi de novo. Mesmo as coisas boas.
Mas tenho mesmo saudade da sensação que tive em cada ano, de 2005 pra cá.

Ando meio jururu e não sei nem explicar porque. E as provas dessa próxima semana não me animam muito.
Perdi o pique. Dei tudo de mim nas provas que me importavam, e nessa agora tanto faz.
Mas talvez quatro dias longe de tudo me façam bem. Vou cumprir minha obrigação e me esforçar pra fazer bem feito. E depois disso eu só quero saber de vestibular no dias de resultados e matrículas. E acabou! Vida nova!

Acho que vou sentir falta das pessoas. Apesar de eu ser um escroto frio do caralho que sempre acaba esquecendo de todo mundo, eu vou sentir falta. Assim como eu sinto dos anos que passaram, mas nunca querendo voltar pra trás.

Eu não tenho a menor noção de como vai ser. Não sei com quantos amigos vou perder o contato. Não sei quantos novos amigos pra vida inteira vou fazer. Não sei se vou encontrar mais algumas "mulheres-da-minha-vida-do-momento".
Só sei que quero aproveitar enquanto estou aqui permanentemente, ao mesmo tempo que estou louco pra ver como vai ser depois.

Caramba, tem música que mexe comigo pra caralho.
E não era nenhuma dessas, mas enfim.

(essa é pra alguém que ainda não conheci)

[...]
pois eu, eu só penso em você
já não sei mais porque
em ti eu consigo encontrar
um caminho, um motivo, um lugar
pra eu poder repousar meu amor
[...]

(e essa só coloquei porque é muito boa mesmo)

[...]
tua flor me deu alguém pra amar
e quanto a mim?
você assim e eu, por final sem meu lugar
e eu tive tudo sem saber quem era eu...
eu que nunca amei a ninguém
pude, então, enfim, amar...

E acho que o título desse post me deu ideia pra fazer algo que não faço há mais de um ano.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Estranged

[...]
well i jumped into the river
too many times to make it home
i'm out there on my own and drifting all alone
if it doesn't show give it time
to read between the lines
'cause i see the storm's getting closer
and the waves they get so high
seems everything we've ever known's here
why must it drift away and die?

i'll never find anyone to replace you
guess i'll have to make it through this time
all this time, without you
i knew the storm was getting closer
and all my friends said i was high
but everything we've ever known's here
i never wanted it to die

Não ouvia essa música há muito tempo. Ela já fez muito sentido em outras épocas.
Preciso colocar pra tocar de novo. E depois preciso dormir.

"1, 2!"

Eu viajo nesse solo de teclado. E já fico pensando que vou enlouquecer com o que vai vir depois. Essa parte até o final é do caralho. O solos e depois o auge.
E essa letra pra fuder tudo.
Tinha até esquecido que os dois solos estão nessa parte. Ouviria essa segunda metade da música sem parar.

"i never wanted it to die!"

É, preciso dormir.

Mas quero ouvir mais músicas. Muitas.
Pena que o sono é tanto.

Aquela coisa..

Tô com vontade de romancezinho. Tô com muita saudade disso.
Saudade de sentir alguém e viver aquele negócio divertido de pensar na pessoa e a pessoa pensar em você, sem pensar muito sobre o que está acontecendo.

Mas sei lá, tô meio cansado de viver histórias proibidas. Mas caramba, por que são as que mais me atraem? Por que eu não tiro da cabeça pessoas que eu não posso?

Caramba! Quero viver romancezinhos.
Mesmo que seja pra sofrer um pouco, sei lá. É tão bom pensar em alguém e sonhar, e sentir aquela coisa lá dentro. Aquela coisa!

Tô levemente gay.

Quero pessoas. Quero não pensar em nada. Quero olhares, e boas conversas, e boas músicas. Quero fazer coisas legais.
Quero fazer carinho. Cara, é muito bom fazer carinho. E levar carinho também. Faz muito tempo que não levo. Fazer e levar é perfeito. Cafuné mesmo, ficar no colo.
Cara, que merda.

Quero descobrir pessoas. E descobrir mais sobre as que eu já conheço.
Eu amo demais as pessoas próximas de mim.

Sei lá, tô carente, eu admito.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Bons momentos..

Alguém disse que o ano mal começou e já está passando rápido.
É estranho como demora tanto pra chegar na contagem e de repente até esquecemos que é um ano novo.

Amanhã começa, para muitos, a última maratona de provas, e então férias. Tenho outra maratona ainda maior na outra semana, além dessa. Bom pra mim.
Minhas férias ainda demoram um pouco, mas não tenho do que reclamar. Lutei muito para que elas demorassem o máximo possível pra começar.

Vou ter boas lembranças dessa época. Vou guardar isso pra sempre.

Depois que isso tudo passar tenho que mudar algumas coisas. Um monte, talvez. Mas penso nisso só depois.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Novo ano

Nem sei o que dizer. Foi demais ontem.
Já dei feliz ano novo pra uma galera, e não canso de dizer. Esse ano vai ser incrível!

Ano inteiro pela frente. Quanta coisa a ser feita, quanta gente pra se conhecer, quanta coisa pra se aprender.

E quero o almoço logo!!