domingo, 12 de dezembro de 2010

Ponto final

Deixei de analisar o que estou fazendo. Deixei de buscar um significado pra tudo. Deixei de tentar prever o que pode acontecer. Simples assim.

E, por isso, esse blog não faz mais sentido.
Sem mais.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

You're doing it wrong

- Por quê você não me beija?
- Como assim? *disfarçando o total desconcerto*
- É, por quê sou eu que sempre tomo a iniciativa?

Porque eu sou tonto, só por isso.
E eu sei que não vou tomar isso de lição em outras ocasiões.
Saí até que bem da situação, mas não é legal ouvir isso quando você sabe que você é assim mesmo.

Isso não é parecer difícil, não é esperar pra ver até onde a coisa vai. Isso é insegurança e medo de rejeição.
E é muito pior quando tá tudo bem nítido, ali na sua cara, e você simplesmente não consegue tomar uma atitude.
Eu sempre fui assim, mas já fui melhor um dia.

Andei pensando nesses dias em como seria se eu falasse a verdade pras pessoas. O que eu realmente penso sobre as coisas, sem regular muito.
E enfim, isso era pra ser um mini post mas eu sempre acabo falando um monte de merda a mais, então deixa esse assunto pra depois.

Bleh.

(Mas depois foi bem legal, pelo menos.)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Superficial

Pra quem não é tão seu amigo assim, é tipo colega, anda com você de vez em quando ou sei lá - pra esse tipo de pessoa é normal você não saber detalhes da vida dela. O que ela anda fazendo, sentindo, pensando. E vice-versa.
Mas imagino que pra quem é amigo mesmo, mais próximo, que se importa e tal, principalmente se a pessoa tem o costume de compartilhar o que acontece com ela, deve ser estranho nunca saber o que está acontecendo com o outro.

Sim, eu entendo quando me falam eu não me abro e isso é estranho e blá blá blá. Mas nunca tinha parado pra pensar na posição das pessoas quanto a isso.
Tenho amigos assim, e talvez por eu ser assim eu não paro pra pensar. Eu não me importo.
Não no sentido ruim. Simplesmente não sinto que a pessoa deva me contar alguma coisa pessoal. Se quiser eu vou dar a maior atenção possível, mas só se quiser.

Eu comento coisas do cotidiano, coisas engraçadas, o que eu fiz no dia, o que eu vi, etc etc. Mas não comento nada que eu tenha pensado ou que possa mostrar muito sobre mim.

Pode parecer que sou um amigo superficial e que falo de coisas genéricas. Não sou, mas pode parecer.
Acontece que sou desconfiado, e sempre vou ser.

Há poucos dias eu contei pra um amigo algumas coisas que andava sentindo e pensando sobre um assunto aí. Percebi que minha hesitação em falar acontece, muitas vezes, pela minha falta de certeza.
Eu mudo de ideia muito fácil. Preciso digerir e pensar muito. E possivelmente nunca vou chegar a uma conclusão final. Talvez seja pra ser assim mesmo, mas parece que não posso contar pra alguém enquanto eu não tiver essa conclusão.
Enfim, eu acabei falando muito. E só falei porque esse meu amigo nunca nem viu as pessoas envolvidas, e por isso foi bastante imparcial.
É provável que eu nunca nem fale sobre isso por aqui, mas é irrelevante pra esse post.

Acho que é questão de tempo para os amigos mais novos perceberem que no fundo só eles falam.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Mulheres, assexuados e tarados

Eu tenho um dom: investir e ficar amigo demais.

Dom é o caralho.
Beleza, eu gosto de amigas. Não tô reclamando disso, não mesmo.
O fato é que quando você se torna verdadeiramente amigo de uma mulher, você se torna assexuado.
Não sei em outras idades, mas até a faixa etária em que me encontro, sempre foi assim.

Eu não sou um exemplo de alguém que passa e chama a atenção das meninas. Tenho noção de que não sou feio, ou sei lá. Mas sei que não tenho presença.
Se eu tiver interesse em alguém eu vou ter que me esforçar um pouquinho. Vou ter que ir além.
Balada? Esquece. Eu nem tento. Nem gosto de balada mesmo, mas quando eu vou eu sei que não vai ser pra pegar ninguém.

Enfim. Pra você ter alguma coisa com uma menina algo em você tem que chamar a atenção dela. E comigo eu sei que vai ter que ser na conversa.
E bom, não tenho habilidade nem paciência pra brotar assuntos com quem não conheço. Então eu dificilmente ganho algum destaque de cara.

Com isso, eu preciso de tempo. Se eu tiver tempo, e houver compatibilidade, eu vou mostrar que sou legal. Até demais. E quem é legal demais é o quê? É amigo.

Podem dizer que eu sou filho da puta e só tenho interesse em sair pegando geral. Obviamente isso não é a verdade.
Eu não teria que explicar isso, afinal ninguém lê isso aqui mesmo, mas eu vou.

Como eu disse no começo, eu gosto de ter amigas. Não me aproximo de meninas pelo único fato de querer pegar elas, mas é claro que isso é inevitável. Ainda mais depois que eu conheço mais a pessoa, gosto da companhia dela e etc.
Acontece que eu viro "amigo gay". E EU NÃO SOU GAY PORRA. Não adianta vir com essa de que é amiga quase homem. Claro, tenho vários exemplos de amigas assim, que eu acabo tratando como se fosse um "brother", mas no fundo - e nem tão no fundo assim - não é desse jeito que funciona.

Um homem NUNCA vai ver uma amiga mulher como outro homem.
Ele pode tratar ela como um homem, falar coisas e fazer coisas que não faria na frente de qualquer mulher. Ele pode até nem ter interesse mesmo.
Ah, mas se ele tiver oportunidade, esquece esse papo.

E isso não é comigo. Isso é um fato.

Homens gostam de amigas porque conseguem entender um mínimo do que se passa na cabeça delas. Amigas te dizem a verdade, na lata. Elas não fazem joguinhos porque elas não querem nada com você.
Mulheres gostam de amigos porque homens são leais.
Podem dizer o que for de um homem, mas temos nossas regras quando se trata de amizade. E entre as mulheres isso não existe.
Há outros motivos, mas isso é o geral.

Você percebe que você passou do limite de um conhecido para um amigo quando a menina passa a comentar com você sobre outros caras, sobre os rolos dela etc etc etc.
E fica pior ainda quando elas começam a soltar que estão carentes, que estão precisando de sexo e coisas do tipo.
PUTA QUE ME PARIU. Novamente, eu não sou um amigo gay, por mais que pareça. O que você quer que eu fale?
Cara, eu já ouvi esse tipo de coisa muitas vezes. Muitas mesmo. E eu sou burro, porque o que eu deveria falar é "tá assim porque quer, porra".
Na verdade já falei isso várias vezes, mas normalmente sem insinuar nada. Porque o que acontece quando eu insinuo? Eu tenho que fingir que é brincadeira depois, porque parece que é um crime o fato de eu ser um puta amigo e ao mesmo ter outros interesses.

Se uma mulher ler isso, principalmente se for amiga minha, vai achar que eu sou um tarado escroto.
Não, é que eu gosto de mulher mesmo. Se eu fosse isso eu ia falar na cara o que eu penso toda vez que ouço essas coisas.
Minha mãe sempre diz que eu sou lerdo e que um dia vou me arrepender de todas as oportunidades que já perdi. E é verdade.

Mas aí entramos em um outro ponto, que inclusive já discuti muito por aqui. O negócio é que mulher não quer o bonzinho que tá do lado dela ouvindo e tentando entender.
Mulher quer aquele que não retornou a ligação, o que esnobou, o que preferiu outra, o que sumiu sem explicação.
Elas simplesmente não conseguem entender o fato de um homem não as quererem. E eu realmente fico admirando de como isso é verdade.

Isso virou um dos maiores posts do blog, mas é porque esse assunto já tava engasgado há tempos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Companheiros e barreiras

Pela primeira vez eu senti um laço mais forte com pessoas daqui.

Apesar de não suportar muita gente, tem alguns que eu gosto muito. Mas sei lá, sempre foi meio superficial.
Minha mãe disse há um tempo que eu demoraria pra criar uma relação mais forte na faculdade, e eu discordei. Pra mim eu nunca criaria uma relação tão forte como a dos meus amigos antigos.

Claro que tão forte não ia ser mesmo, mas até o semestre passado eu não tinha me identificado de verdade com ninguém da minha sala ou outro lugar.
E ontem eu senti que eu posso estar errado.

A questão não era só me identificar.
Eu sentia falta de ter companheiros. É isso que tenho em Garça.
Não são apenas amigos. São pessoas que posso contar, pessoas que eu ligo a qualquer hora e estão prontos pra tudo. Pessoas que me conhecem e me entendem. Onde eu falo e faço sem pensar.

Eu sei que isso leva tempo, mas nunca tive nenhuma perspectiva de encontrar esse tipo de coisa por aqui.
Até porque em Marília também foi assim. Alguns anos de relação com tanta gente de lá e posso contar nos dedos quem não vai estranhar minhas bizarrices. Com quem eu posso ser eu mesmo.

Estou voltando a ser eu mesmo. Até mesmo com quem não vai me entender.
Estou me encaixando, eu acho.
As barreiras estão caindo aos poucos, e tudo fica melhor assim.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Filhadaputagem

Ao longo da minha adolescência eu aprendi que mulher adora cara sacana.

Pode parecer um puta clichê, mas analisando tudo que eu vivi nos últimos 5 anos eu vejo claramente o que determinou que eu me desse bem ou que eu tomasse no cu.

Todas as vezes que fui bobinho e me importei eu levei na cabeça. Todas.
Já nas vezes que eu desencanei e fiz o que quis eu tinha gente brigando por mim.

É simples. Mulher odeia homem bobo. Mulher odeia cara que dá a vida por ela.
O que é errado mesmo. Mas o lance é que elas não só odeiam cara bobo, como ficam malucas por cara que não se deixa dominar.

É triste perceber que eu deixei de abominar a traição.
Eu sempre apoiei a tática do "levemente cafageste". Dar perdido e fingir que não tá nem aí. Só pelo esporte, nada além disso.
Mas nos últimos tempos deixei de valorizar tanto assim a virtude da fidelidade.

Ainda acho incrível um casal que se ama, se valoriza e se basta. Mas hoje pra mim é quase que utópico.

E entrei nesse assunto mas não é só isso.
Homem tem que ser filho da puta mesmo. Ou já é naturalmente ou descobre que é o que dá certo.
E se não for vai ficar sozinho mesmo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Algo especial

Sei lá, não tô muito feliz.

Angustiado. Desmotivado.

Não fui na aula hoje de manhã por pura falta de vontade.
Ia matar essa aula se voltasse pra casa. No fim não voltei e mandei a aula pra merda mesmo assim.

Lembro muito bem de um tempo que algo parecido aconteceu.
Agia como um zumbi e criava motivos pra não sair da cama.

Que merda, eu odeio isso.
Odeio me sentir um fraco.

Quero arranjar algo de produtivo pra fazer. Algo que me empolgue, que me dê prazer.
Penso nisso o tempo todo. E o tempo todo tenho medo de não encontrar algo que eu faça de especial.
Algo pra colocar em prática. Algo de útil.
Conhecimento e habilidade.

Tenho raiva da minha letargia.
Já fui mais ativo. Já fui mais atrás dos meus interesses.
Quero saber e entender as coisas, mas continuo parado.

Algo precisa mudar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Vulnerabilidade

Não confie em alguém que nunca se altera.
Esse alguém tem muito a esconder.

Me sinto assim. Há algum tempo não esboço reação. Não reajo e não mostro nada.

Uma máscara. Uma farsa.

Vejo outros ao meu redor do mesmo jeito.
E a questão é: o que é preciso pra que a reação apareça?

Me escondo naturalmente, sem grande esforço.
Normalmente não sei nem como faria ou o que diria pra mostrar o que eu penso.
E é incrível quando acontece, em raros momentos, de eu saber o que dizer.

Leve excitação com a ideia de me tornar vulnerável.
Mas mesmo o que me torna vulnerável é pensado e repensado. Nada sai sem o carimbo de permissão.

E por que estou aqui dizendo tudo isso?
Vulnerabilidade.

Às vezes um pequeno, e necessário, prazer.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Piração e cansaço

Ok, tô carente.

Férias entrando na reta final, e eu fico pensando como vai ser quando as aulas voltarem e a minha piração voltar com tudo.

Tá na hora de eu voltar com meus contos. Eles me ajudavam muito.
Muita coisa na cabeça, muito pra falar, mas tudo embaçado.

E me sinto mais seguro de mim.
E me sinto cansado também.

E por quê?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Verdade escondida...

Apenas uma nota.

Minha mãe esses dias notou que há algo de errado comigo.
Eu não soube dizer o que era, justamente porque não sei mesmo. Pelo menos não com exatidão.
Não posso citar um evento específico, muito menos algo recente como ela pensou.

Disse a verdade, de uma forma extremamente minimizada e somada à normal confusão de quando falo sobre mim.
Disse que talvez andasse assim há algum tempo, mas só nas férias houve tempo para que eu fizesse isso ser notado.

Ela continuou pensando em algo recente. Disse que não estava assim antes.

Mas enfim.
Realmente andei mais cabisbaixo que o normal nos últimos dias.
godonlyknowswhy.

Uma verdade escondida.
Até de mim.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Segurança

Não sou bom em falar. Isso é um grande problema pra mim.

Gosto de ouvir. As pessoas precisam ser ouvidas às vezes.

Mas não tenho o que falar. E quando pedem que eu me abra eu fico angustiado.
Prefiro quando é espontâneo.

Eu falo as coisas pela metade. Falo muito e não falo nada. Mas é o que sai.
Gosto dos pequenos detalhes das pessoas. E do mesmo jeito eu também falo pequenas coisas sem importância.

Já fui de falar um pouco mais. Pelo menos um pouco mais.
Eu me entregava mais antigamente. Sem medo. Falava coisas que me deixariam vulneráveis de propósito.
Mas hoje me prendo. Acho arriscado.
Preciso de segurança. Preciso que saibam pouco do que estou pensando.

Teria escrito melhor ontem.

E o velho brilho?

O namoro me estragou.

Já fui mais interessante. Já fui mais divertido.
Já tive meu charme, sabe?

Por mais que às vezes eu me esforce pra ter aquela leveza de antes e cativar as pessoas, não sai nada leve.
Não sai por causa do esforço.

Não deve ter sido só o namoro. Cito ele porque foi um evento muito importante numa época que naturalmente traria grandes mudanças.
Mas perdi boa parte do meu encanto.

Até hoje sinto vergonha do que fiz comigo mesmo, e por tanto tempo.

Podem dizer que mantenho um complexo daquilo tudo. Claro que negarei pra qualquer um com veemência, mas não aqui. Não pra minha consciência.

E o que acontece é que o complexo é comigo mesmo. Me odeio até hoje por ter me tratado como lixo.

Sempre penso que aprendi muito com aquilo.
Aí eu lembro que sempre fui assim, só que em menores proporções.
Aí eu me pego agindo assim de novo. E fico puto.
Fico puto porque eu sei que não consigo não me importar. Não consigo fingir pra mim mesmo.

E não era pra eu me sentir assim.

Isso que é bizarro, porque não tenho motivos. E o pior é que não é sempre que me sinto mal. Minha cabeça muda. Muda do nada e muda totalmente.
Qualquer pensamento, palavra ou sei lá. Qualquer coisa pode ligar meu alarme e eu viro outra pessoa. Depois mudo de novo.

Caramba! Quanta bobagem.
Quanta maluquice.

domingo, 27 de junho de 2010

Em paz..

Algo mudou. Não sei o quê, mas mudou.

Acho que estou sentindo. Será?

Nessa semana eu reparei de repente que eu não mais odiava todo mundo da minha sala. Pelo contrário.
Sei lá o que aconteceu, mas não estou sem paciência. Não finjo que estou curtindo conversar com as pessoas. Não rio sem vontade. Não acho as pessoas insuportáveis.

A proximidade das férias me enxe de alegria e boa vontade, isso é fato. Mas não foi isso que causou a mudança.
Aconteceu de forma sutil, até demorei a me tocar disso.

Enfim, é ótimo!

Ainda há um ou outro que não adianta, não bate. Mas ok, eu irrito de volta com bom humor.
E o ponto nem é esse.

A mudança é geral. Estou feliz.
E por mais que continue fazendo as mesmas coisas de sempre, parece que tenho um propósito. Seja lá qual for.

Só sei que devia deixar registrado.

E já sei a primeira coisa que vou fazer quando voltar pra casa: compras muitos jogos novos pro meu irmão.
Eu odeio pensar que ele está ficando entediado, fazendo a mesma coisa de sempre sem nenhuma novidade. Quero ver a alegria dele de ver coisas novas.

Estou cheio de amor.
Estou em paz.

Menos de uma semana.

sábado, 12 de junho de 2010

Repetitivo e ridículo

Sou um idiota. Não um completo idiota pois tenho algumas habilidades as quais me orgulho muito.
Mas ainda assim, um idiota.

Eu tô meio que pirando.
Cansado do social. Cansado de ser agradável sempre. Cansado de ter que parecer agradável não querendo ser.
Ou talvez esteja ficando lúcido demais.

E ao mesmo tempo ando cada vez mais empolgado com a minha futura profissão e os planos do que farei e etc.
Escolhi certo, definitivamente. Faço com prazer e faço direito.

Enfim.

Odeio me sentir idiota. E faço/penso coisas que me fazem sentir assim com frequência.

Bons tempos em que as coisas não eram tão sérias e minhas preocupações não tinham grande importância.
Gosto da seriedade de agora, mas tenho tantas lembranças boas de uma certa época.

Acho que tô me repetindo.
Esse blog tá perdendo o sentido.
Há muito tempo não fico inspirado e não consigo escrever o que tenho vontade. Acabo escrevendo coisas inúteis que já devo ter falado umas 10 vezes.

E penso em você direto.

Post ridículo.

domingo, 30 de maio de 2010

Propósito

Passei a semana ouvindo muito Smiths.
Inevitavelmente, essa banda vai sempre me lembrar alguém. Mas sei lá, não fez a menor diferença dessa vez.

Passei pelo teste maior: ouvi aquela música. E não senti nada.
Senti. Mas o que senti foi uma excitação enorme por poder ouvir a música sem pirar no primeiro minuto. Senti uma gostosa sensação de controle. Sensação de que a música poderia me lembrar de muitas coisas, mas isso não importava. Na verdade, quase não pensei em outra coisa a não ser na própria música enquanto ouvia.

Foi bom.

Acho que tenho um motivo pra terapia.
O motivo é algo que já repeti por toda a existência desse blog. O motivo é que há muito eu deixei de sentir as coisas. Sentir de verdade.
Porra, o que acontece? Nunca fui passivo desse jeito. Nunca fui de deixar as coisas passarem e nem pensar. Nem me alterar.

Não sei o que fazer. Não sei se é da minha cabeça ou sei lá.
Parece que perdi a importância, que deixei de ser notado.

E cansei de falar disso sempre. Parece que só falo e falo e não faço nada pra mudar.
O problema é que não sei como mudar.
As coisas vão tomando rumos e não faço nada. Como se nada ganhasse um significado maior. Como se eu não tivesse controle.
Parece que estou sem um objetivo.

Quando eu era mais novo e tudo era mais fácil eu me divertia muito. Havia sempre uma descoberta, uma aventura, e eu tinha pessoas incríveis do meu lado.
Quando eu cheguei no terceiro ano a ficha não caiu que eu tinha uma responsabilidade maior. Eu tava com a minha cabeça de colegial querendo salvar meu namoro e reviver as loucuras de quando a gente não tinha responsabilidade nenhuma.
No ano seguinte eu percebi que ia ficar pra trás se não fizesse alguma coisa por mim. Meu objetivo agora era entrar na faculdade, não importando o que acontecesse e quem estivesse do meu lado. Nunca me foquei tanto e por tanto tempo pra atingir um objetivo.

Sempre tive um objetivo. A diferença é que dessa vez a coisa era mais séria. Mas era só mais um objetivo.
Mas agora, tudo parece solto demais.

Sei muito bem o que devo fazer. Sei que meu dever agora é me formar, conhecer pessoas, preparar o terreno pra minha vida profissional e etc. Gosto de pensar na rede que estou criando. Gosto de pensar que estou planejando meu futuro, que estou criando relações importantes. E que além disso, estou vivendo muita coisa nova, me divertindo e descobrindo mais da vida. E tudo isso sozinho.

Mas ainda assim, tudo parece solto demais.
Estou preparando meu futuro, mas futuro é algo que não passa pela minha cabeça com tanta frequência.
Dificilmente me pego imaginando as coisas daqui um ano ou até menos.
Estou estranho. Estou vivendo o presente. Mas estou vivendo de forma errada, como se não tivesse vivendo mesmo. Estou apenas assistindo tudo passar por mim.
Contar as horas, as aulas, os dias. Pensar que finalmente cheguei na quarta-feira e não preciso dormir cedo. Chegar na sexta-feira e pensar que mais uma semana acabou.
Pensar rapidamente que daqui tantas semanas terei provas, e de repente elas já foram.

Cansei se assistir a minha vida passar uma semana de cada vez. Cansei de passar por tudo sem um propósito definido.
É como se cinco anos fosse um tempo muito além do que posso enxergar. Meu objetivo está lá na frente, e se não consigo visualizar meu objetivo, é como se não tivesse propósito pra mais nada.

Não posso ter como base um objetivo tão longe assim. Preciso de incentivos.
Preciso ter algo pra viver por. Preciso de algo mais imediato na minha vida.

Preciso fazer as coisas valerem a pena. Preciso viver mais. Preciso fazer mais.
Preciso de algum sentido.

Não quero me tornar o personagem que eu mesmo criei há não muito tempo.

sábado, 22 de maio de 2010

Meu tempo sozinho

Percebo às vezes que sou um bocado cuzão.

Praticamente não tenho tempo sozinho. Tem sempre alguém, querendo conversar ou não, querendo fazer alguma coisa ou não, mas tem sempre alguém lá.
Não gosto de ficar sozinho, mas esse ficar significa o tempo todo. E é justamente o contrário que acontece, e isso é um pé no saco. Os raros momentos que eu tenho só pra mim são: hora de dormir, e locomoção entre um lugar e outro.

Eu costumava pensar muito antes de dormir, mas praticamente não faço mais isso. Percebi que agora faço isso o tempo todo, e não sobra nada pra quando vou dormir. É como se eu estivesse sozinho o tempo todo, então passo meu dia tirando conclusões, planejando coisas e expressando minha opinião sobre qualquer coisa silenciosamente. É estranho, mas é automático. E acho que só parei pra pensar nisso enquanto escrevo esse post.

E enfim, o ponto de ser cuzão é que eu gosto de estar sozinho nos únicos momentos que posso fazer isso. Há um monte de gente que eu nunca vi antes a minha volta, seja no ônibus, no mercado, nos corredores da faculdade ou sei lá, mas não importa, estou sozinho. Mas no momento que aparece pessoas da minha sala, não estou mais sozinho. E me vem uma raiva contida no mesmo momento.
Quero andar, ouvir as músicas que estou a fim de ouvir no momento, pensar e pensar e pensar. E me vem algum idiota atrapalhar tudo.
É o tipo de situação em que você não tem escolha. Seria bom se você pudesse falar que não quer conversar naquele momento, e não precisasse explicar mais nada. Seria bom se você pudesse dizer isso e as pessoas entendessem.
Ou talvez eu seja chato pra caralho mesmo.
O que eu realmente não me importo.

Talvez também seja o caso de as pessoas da minha sala não serem tão interessantes ao ponto de eu preferir elas ao meu momento sozinho.
Não todas, mas boa parte das pessoas daquela sala me cansa. Não que eu não seja estranho o bastante pra falar algo deles, mas não é isso.
Eu gosto de gente estranha. É quem normalmente me chama mais a atenção.
Eles não são estranhos. São até normais demais. Bobos demais.
É meio foda não me identificar com praticamente ninguém do meu próprio curso. Às vezes parece que não pertenço a aquele grupo. Às vezes parece que ninguém pertence a aquele grupo.
Sei lá, pelo menos eu sei que o problema não é o curso em si. Estou muito feliz com ele. Mas as pessoas não ajudam.

Eventualmente eu apareço e falo mais.

domingo, 25 de abril de 2010

Pessoas

As pessoas mentem, escondem, guardam as coisas. As pessoas deixam passar, mas nunca esquecem.

Não sei como é com os outros, mas eu tenho um problema que é não saber a hora certa de falar o que te incomoda pra quem está incomodando.
Sabe, existem momentos pra você botar pra fora o que te aflige. Momentos preciosos. E se você perde esse momento, você perde a deixa pra dizer e se livrar daquele problema finalmente.

Eu sou mais do tipo que não aproveita esses momentos, e simplesmente guarda. Infelizmente em alguns casos, felizmente em outros.
Muita coisa me irrita. Eu fico incomodado meio fácil.

Sei lá, eu sou uma pessoa fácil de se agradar. Aprendo rápido a lidar com as pessoas, sou agradável. Mas putz, há pessoas que não tem noção, e essas pessoas existirão sempre aos montes na vida de qualquer um. E essas pessoas me tiram a paciência.

Há alguns anos eu aprendi a me conter. Aprendi a ter paciência e não mais virar de cara feia pra qualquer coisa. Aprendi a não me irritar.
Foi uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida. Isso realmente foi crucial na minha vida a partir dali.
Mas aconteceu que passei a esconder muito bem quando algo consegue me irritar. E isso é um saco.
Às vezes, tudo que você precisa é gritar, ter um colapso nervoso e falar logo tudo que você tá sentindo na hora pra pessoa certa.

Sei lá. Ao longo dos anos me tornei passivo demais com as coisas que não me fazem bem.
O trauma de um ano atrás já foi muito bem superado. Mas depois disso nunca deixei de ter essa sensação de que estou guardando tudo sem deixar nunca sair. Não exatamente sobre aquilo, mas no geral mesmo.

É estranho pensar nisso hoje, em como tudo aconteceu. Aquilo não fez nenhum sentido.
Você tem uma pessoa do seu lado por quase dois anos. Os dois passam momentos maravilhosos, momentos lixo, mas por esse tempo todo guardaram uma ideia boba de que eram feitos um pro outro. O ponto não é se era ou não, mas sim que a coisa era declarada assim em um ponto. E em dois minutos - mesmo, sem força de expressão - isso some pra sempre.
A pessoa mais presente na sua vida e que não saía da sua cabeça, seja por bons ou maus motivos, não representa mais nada. Nada.

Não, não tenho mais nenhum problema - mesmo - com essa história. Demorou muito pra eu poder falar isso de forma sincera. O lance aqui está mais pra uma revisão dos fatos depois de tanto tempo. Muito raramente isso tudo passa em segundos pela minha cabeça. Acho que nunca vou engolir.

As pessoas fazem coisas muito estranhas. Mas tudo bem.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Observações

É um pouco estranho quando entre as suas exs, a que mais tempo ficou e mais representação teve na sua vida é a única que você tem contato zero.

E não que isso seja alguma coisa, é só uma observação interessante.

Tem gente que passa pela sua vida como um furacão e de repente não representa mais nada nela. Acho que muita gente tem seus casos particulares pra isso.
Mas é interessante perceber essas coisas.

(É, saiu tudo de uma vez.)

Abra os olhos

Sou muito influenciável.
Não no sentido ruim. Sei lá, eu absorvo muito de todo mundo que passa por mim.

Mudei e continuo mudando. As pessoas estão constantemente me modificando. E eu gosto disso.

Uma pessoa que você nunca viu antes, a qual você não trocou uma única palavra, pode ficar do seu lado por 3 horas e mudar algo.
Você pode abrir os olhos pra pequenos detalhes e ganhar o dia.

Grande farsa

Eu preciso do meu tempo às vezes. Do meu tempo pra pensar. Do meu tempo pra decidir.
Preciso saber o que estou fazendo. Saber, ter certeza. Preciso ver que sou eu.

É um certo egoísmo normalmente. Mas eu preciso do meu tempo.

Às vezes tenho que sumir e perceber que todos estão longe. E estão muito perto também. Posso entrar em desespero alguma hora, mas ninguém vai nunca saber.

Sinto um prazeroso incômodo quando vejo pessoas chorando. Seja na vida real ou não. Gosto de ver, tenho vontade de acompanhar o choro, e imediatamente percebo como é ruim ser a prova de lágrimas.
As poucas vezes que eu chorei foram sempre libertadoras. Todas as vezes foram extremas, chorei de soluçar. E eu lembro muito bem como foi bom.

Querer chorar não é querer tristeza. É o total oposto disso. É querer tirar a tristeza de dentro. Putz, tem tanta coisa guardada que eu nem percebo mais. Coisas antigas que cicatrizaram na porrada. Coisas que não importam mais.

Às vezes me sinto completamente sozinho com um monte de gente a minha volta. Me dá vontade de fugir, de gritar, de soltar coisas que nem eu sei que estão presas.
Parece que não sinto as coisas, que não importo, que nada me afeta, mas às vezes tudo que eu faço é correr discretamente pro colo da minha mãe e retomar a força que eu preciso pra continuar essa farsa.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Festinhas e dores de cabeça

Descobri que faculdade às vezes pode causar ainda mais tensão e preocupação que o cursinho. E serão alguns bons semestres assim.

Tô com um ligeiro medo, mas sei que eu posso.

É muito injusto que matérias que não vão te levar a lugar algum e não têm uma relação direta com a sua futura profissão te façam ficar tão encanado e duvidoso quanto a tudo que você tá fazendo.
Duvidoso não, pois tenho certeza do que quero, mas putz..

O pior é que fui avisado. Muitas vezes. Agora não vou reclamar.
Não simplesmente porque fui avisado, mas porque se é o que eu quero vou continuar enfrentando tudo de frente pra chegar no final.

Vou resolver tudo.

E caralho, nem ver as pessoas que eu quero eu posso. Ou as pessoas continuarão longe por um bom tempo, ou eu não consigo tempo pra elas.

Amanhã volto pra casa. Tô com saudade.

Preciso escrever mais. Muita coisa pra falar, mas não tá saindo ultimamente.

terça-feira, 23 de março de 2010

Natural

As coisas estão ficando cada vez mais naturais. Muito do pessimismo do útlimo post sumiu.
Embora ainda pense isso de muitos, se tornou irrelevante.

Vida boa essa. Pessoas divertidas essas. Sei lá mais.

quinta-feira, 18 de março de 2010

See it swimmin'?

your head will collapse
but there's nothing in it
and you'll ask yourself


Mesmo na faculdade, mesmo nas festas, mesmo sem precisar de mais nada; mesmo assim, eu sinto falta de alguém do meu lado.
Longe de todos, mais ainda.
As coisas estão muito legais, mas às vezes eu paro e não consigo pensar em nada. Não consigo sentir alguma coisa, não sei. Às vezes tudo fica mudo, como se eu tivesse me deixando ser levado. Estou no lugar que quis e que devo estar, mas as coisas não deixam de ser vazias por isso.

Putz, como tem gente diferente por aí. Muito diferente. Cada um com seu jeito extremamente particular. Chato, engraçado, estranho, bitolado, sorridente, ingênuo.
Os chatos são os mais específicos, cada um tem seu modo todo especial de me irritar. Digo "me" pois aparentemente não são chatos universais; cada um possui seu grupo, seu lugar de explorar sua chatice até a última gota. Alguns desses grupos são chatos por inteiro, mas alguns são legais - até um certo limite.

Minha tendência a não possuir um único grupo permanece na faculdade. Não consigo me inserir em um só grupo e segui-lo a todo momento. Cada hora quero uma coisa, cada hora vou a um lugar, cada hora penso de um jeito. E pra cada hora tenho um grupo. Ou então acabo indo sozinho mesmo.

where is my mind?

Tem gente que me irrita. E tem gente que é muito legal.
Ainda não conheço ninguém a fundo. Até sei um pouco a mais da vida de alguns, mas tudo meio superficial. E percebo que é o máximo que vou ter da maioria.
Eu sei que sou muito fechado, mas não é só isso. Às vezes parece que as pessoas não têm intenção de ir muito além nas relações. Talvez esteja enganado, mas sei lá.

Falta sintonia, o que é normal num lugar com pessoas tão diferentes.
E acho que eu também me mostro assim, desinteressado com as relações. Converso e ando com quase todos, mas na sala costumo sentar longe de qualquer um. Às vezes quero ficar sozinho, pensar sozinho. Quero o meu canto naquela hora. E isso pode parecer escroto para quem vê, mas não é assim.
Por isso talvez esteja enganado sobre muita gente.
Tirando os chatos, esses não têm jeito mesmo.

E pela primeira vez na vida eu me sinto mais "experiente" que os outros. Sou mais velho que muita gente na minha sala - a maioria passou direto -, e isso é estranho pra mim, que sempre fui o mais novo nos meus grupos.
Passei por um ano de doidera. Não só pelo estudo, mas por tudo. Cresci demais nesse ano, e vejo que, talvez, faltou um aninho a mais pra muita gente ali.

Fico com muita coisa engasgada às vezes. Preciso escrever mais por aqui.

way out in the water
see it swimmin'?

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bobagem e viadisse

Tive que me afastar. Tive que sumir e mudar tudo. Não queria mais aquela sensação ruim a qual havia me acostumado. Não queria encarar seu rosto e ter que fingir. Queria falar, queria xingar, queria colocar tudo pra fora. Mas não conseguia. Não podia fazer isso. O que eu podia fazer era desaparecer e fingir de longe. Dizer que está tudo bem sem olhar nos olhos é fácil.
Não deixei de pensar nela, mas era diferente, sabe? Não queria ser rejeitado de novo, e as coisas apontavam pra isso.
Acredito que fiz de forma inconsciente. Por muito tempo pensei que tinha feito errado, que tinha feto merda. Fiz errado mesmo, confesso; e percebi o tamanho daquilo somente anos depois. Mas não, não fiz aquilo por nada. Demorei a perceber que foi apenas uma reação pra uma série de ações que me atormentavam.
Ninguém cobrava nada de ninguém, mas queria cobrar. Ou não precisar cobrar; podia ser natural como era pra mim.
A roupa foi lavada, mas parece às vezes que algo continua sujo. As lembranças daquela época são embaçadas, não entendo. Quando me vem a cabeça vejo sempre um borrão em meio a flashes de momentos bons, dias felizes. Sei lá. Mas aí vem as merdas. Acabo pensando no momentos ruins, nas noites que deram errado, nas pessoas envolvidas.
Tenho um enorme carinho por aqueles momentos. Às vezes penso naqueles meses e apago tudo de ruim que sentia, seja lá por qual motivo fosse.
Lembro de todo o trajeto do primeiro dia até o grande final. Lembro da segunda vez. Lembro muito de um dia chuvoso debaixo de uma árvore minúscula. Lembro de um dia que era feriado só pra mim, e pude tirar o dia pra ver quem eu queria. Lembro de um aniversário que fui embora muito cedo. Lembro quando conheci pessoas da família e quase me enterrei no chão de vergonha. Lembro da flor.
Por algum tempo eu pensei que poderia ter sido algo mais. Não por agora, tanto faz agora. Mas por antes mesmo. Falando assim parece que ainda quero algo aconteça, e não tem nada a ver com isso. É só uma coisa que eu lembro com carinho.
Mas não era pra ser, simples assim. Foi bom do jeito que foi.
E não tenho mágoa de nada. Só não consigo encarar com naturalidade como tudo é agora.

Sei lá porque eu tô falando disso. Eu sou bobo.
E as coisas são melhores quando eu fujo. É melhor pra mim mesmo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Renovar

Eu sou meio idiota com algumas coisas. Não que essas coisas me incomodem tanto, mas às vezes acabo esperando demais, e depois me contento.

E depois eu me sinto idiota por isso. Ninguém sabe que eu fui, mas eu sei que eu fui, e é uma merda.

Mas foda-se. Cada um tem o seu motivo. Sabe quando tanto faz?

Hora de renovar.
Acho que mudei um pouco nos últimos meses, sei lá.

Enfim, última semana por aqui. Vida nova chegando.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Cadê?

Às vezes ainda penso em alguém que não devo.

Saudade. Você sumiu.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

São Carlos

Fui pela primeira vez para a cidade que ficarei nos próximos 5 anos.

E só tem gente fina!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Alívio

Leve e livre!
Tudo como planejado, mais uns dias e sou oficialmente um universitário.

Parecia que não era verdade. Porra, ver meu nome lá não tem descrição.

Posso dormir tranquilamente agora. Um alívio sem tamanho!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Inexistente #3

Sentia algo muito familiar, como se já tivesse visto ela em algum lugar. Pra estar andando por ali naquela hora ela com certeza era do bairro, mas não sabia se já tinha visto. Não conhecia muita gente com idade próxima da minha na nossa vizinhança. O lugar era constituído basicamente de idosos e recém-casados, com filhos bem pequenos ou nem isso. Era um lugar perfeito para velhinhos e crianças, já que o trânsito era quase zero e havia policiamento direto devido ao alto nível das residências.
Pra mim sempre foi péssimo, pois não queria calmaria e não tinha idade pra pegar o carro e ir aonde tinha movimento. Dependia das minhas pernas pra sair dali na maioria das vezes, ou da carona dos meus pais quando tinha sorte e aproveitava o caminho deles pra sei lá onde. Até que foi bom, aprendi a me virar. Andava pra todo lado não importando a hora, enquanto a maior parte dos meus amigos ficariam completamente perdidos se fossem jogados a pé há dois quarteirões de suas casas. Dois é um pouco de exagero, mas em alguns casos era bem isso mesmo.
Mas enfim a dúvida passou. Não havia o que dizer depois daquele olhar. Era inconfundível. Não pensei duas vezes pra seguir pela direção que ela ia, tinha que confirmar aquilo. Será que era mesmo?
Fui andando um pouco apressado e desci na outra esquina em direção à rua em que ela estava. A luz não tinha voltado ainda, mas era incrível como a lua fazia o trabalho perfeitamente. No meio da rua que descia eu vi ela virando a outra esquina. Gelei com aquela imagem, ela era mesmo. Ela estava diferente, havia crescido. Alguns anos passaram mas a essência ainda era a mesma.
Diminui o meu passo, e aos poucos nos aproximávamos. Paramos a uns 5 metros de distância um do outro.
- Alice? - perguntei, ainda com uma certa insegurança.
- Você não esqueceu mesmo! - disse ela com um sorriso tímido.
Não poderia nunca imaginar o que aquele passeio me reservava. Corri até ela e a abracei forte. Ela ainda tinha o melhor abraço da minha vida.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A explosão que não vem mais

Alice me ligou. Estava furiosa. Não atendi, mas sei que estava. Não fiz o que combinamos, e não por que esqueci ou porque quis fazer algo melhor. Não fiz porque não quis, simples assim. Não quis ouvir sua voz descontrolada e suas expressões de raiva e reprovação. E também não quis atender e ouvir um descontrole agora acumulado. Já conhecia todo o discurso, e agora era pior. Ela sabia que eu não ia atender e que não me incomodaria nem um pouco com o telefone tocando o dia todo, e eu também sabia que ela não ficaria só nisso.
Eram umas 5 da tarde ainda, mas o sol já havia sumido há tempos por causa do tempo feio que havia se formado. O mundo caía lá fora e a minha vida caía junto, e eu permanecia jogado no sofá sem fazer nada. Não queria pensar, não queria agir. Não queria nem fugir, só queria evitar que tudo fosse pelos ares de vez. Mas agora não teria como. E isso era uma grande merda.
A campainha tocou. Ela tinha a chave, mas mesmo assim tocou a campainha. Ela queria me forçar a encarar a situação. Não bastava entrar e vomitar tudo pra um corpo sem ação, como se fosse uma mãe nervosa que é ignorada até que a raiva passe. A raiva já tinha passado, e o que vinha agora era pior que isso.
Estava ouvindo um CD gravado por ela. Eram suas músicas favoritas de bandas que os dois ouviam, e naquele momento tocava Baba O'Riley do Who. Levantei e fui andando descalço até a porta com um copo de Jack na mão. Apenas abri a porta e dei a volta sem chegar a olhar pro seu rosto.
- Eu não aguento mais isso. - disse ela em voz calma e séria.
Continuei como se não tivesse ouvido nada. Enchi o copo e coloquei mais gelo, e sentei no sofá. Fiquei um pouco inclinado, com o copo entre as pernas e os olhos fechados, viajando com o solo de violino da música.
Acho que a cada segundo eu fazia algo que deixava Alice mais furiosa. Ela devia estar engasgada com tanta coisa pra falar, e eu não dava nem brecha pra ela começar. Eu ficaria bem puto se fosse comigo, mas não era por maldade. O lance é que estava esgotado - completamente -, e não conseguia falar nada que tivesse alguma relação com aquela merda toda.
Ela estava de pé e não muito próxima de mim. Olhei pra ela pela primeira vez, com um olhar meio vazio e a boca meio torta - costume de quando algo está errado e não sei o que dizer -, e dei tapinhas no sofá pra que ela sentasse do meu lado.
O clima estava pesado demais, mas metade de mim estava leve. Eu não consigo dar atenção a esse tipo de problema: uma coisa tão pequena que se torna cíclica e nada mais resolve. Ignoro tudo e me foco em qualquer outra coisa à minha volta. Um tanto infantil, mas é assim. Não adianta mais remendos aqui e ali, não adianta soluções pequenas e temporárias. Não adianta nada disso.
Começava Time. Parecia que a música deixava o clima ainda mais incerto com aqueles sons perdidos no nada enquanto a bateria se aquecia pra explodir a qualquer momento.
Abri a boca pela primeira vez.
- Sabe, quando eu era menor e ouvia esse início, eu pirava com os relógios. E depois eu ficava contando cada vez que a bateria ameaçava entrar com o verso. Eu ficava até meio incomodado, nunca sabia quando a música ia começar de verdade. Depois de alguns anos eu parei com isso e passei a aproveitar o momento. Parei de pensar quanto tempo ainda faltava. Sei lá, eu acho que percebi isso quando eu vi que me surpreendia quando vinha o toque final e entrava a voz com os outros instrumentos. Foi lindo, sabe? Sei lá, aqueles segundos de início passaram a ser horas. É como naqueles momentos em que você olha pra pessoa que você ama e fica com a porra da boca calada por sei lá quanto tempo, e você tem a certeza de que aquele é o lugar que você quer estar. Seja por alguns segundos, aquele lugar com aquela pessoa é o único lugar no mundo certo pra você. Nada mais importa. Sem palavras, sem mágoas, sem lembranças. É aproveitar o momento, sabe? Sentir que os segundos viraram horas. E depois aproveitar a explosão.
A música veio com tudo, e logo veio aquela guitarra maluca pra tomar conta da minha cabeça. Ela não se manifestou.
- Acho que a gente voltou ao incômodo de ficar esperando a hora da explosão. E aconteceu que ela nunca mais veio. É triste, mas é a verdade. - dei uma pausa e continuei. - Você me completa, sabe? Você sabe que sim. Mas a gente tá fazendo isso do jeito errado.
- E como é o certo? - ela perguntou.
- Não sei não, mas é algo bem diferente disso. - disse olhando pro chão. - Isso aqui tem que acabar.
"This is a song about innocence lost."
É o que era dito antes da próxima música, e se encaixava muito bem naquela situação.
- Parece que a gente cresceu demais. - concluiu ela.
Não disse mais nada, mas aquilo era verdade. Só que a gente demorou a entender isso.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Meio a meio

Sou meio nerd e meio festeiro.

Não tenho jeito com pessoas que não conheço muito, e principalmente quando essas pessoas não têm o menor problema em falar e agir naturalmente com você. Tenho problemas com isso.
Eu sou tímido, não sou descolado, e não faço amizades o tempo todo. Considero que tenho mais amigos e conhecidos do que a maior parte das pessoas, mas isso porque já fui muito de um canto pro outro, e aí é inevitável.
Às vezes eu prefiro ficar em casa com meu computador e meu mundo. Meus pais sempre foram um pouco reguladores. Sem excessos, mas sempre tive horários e regrinhas a cumprir, então muitas vezes é mais fácil não forçar uma barra aqui pra ter mais liberdade depois.

Porém, eu gosto de ser sociável. Eu gosto das pessoas. Gosto de conviver com elas, de me misturar, de fazer parte de um grupo. Gosto de ficar na rua. Seja a rua literalmente, ou a casa de alguém, gosto de ficar e ficar, e voltar de manhã pra casa. O problema dos horários com meus pais sempre surge, mas eu acabo adiando ao máximo o "voltar pra casa". Absorvo muito fácil características e gostos das pessoas em geral. Não por cópia, mas porque gosto de descobrir coisas, e renovar meus conceitos, e sei lá.

O negócio é que odeio ter que me adaptar a um grupo estranho. Eu gosto dos meus grupos, que as pessoas me conhecem e por mais diferentes que elas sejam eu posso agir como eu mesmo.

Sei lá, odeio a atitude de algumas pessoas. Não se enxergar, se sentir superior, ou não dar a mínima para os outros. Odeio pessoas que não dão valor para as pessoas que estão do seu lado. Me incomoda isso, e me incomoda quando quem tá do lado dessas pessoas sabe o quão escrotas elas são, mas se deixam levar.

Odeio dramas gratuitos, e odeio quem fala e reclama de algo e não faz nada pra mudar.

Odeio cigarro, odeio quem xinga os outros de "burro", "idiota", "anta" e derivados, e odeio o ar de superior que elas ganham na frente de todos quando dizem essas coisas.
É, eu odeio muitas coisas.

Tenho problemas quando levo alguma agressão desnecessária. Não sou de fazer isso, e fico sem resposta quando isso acontece.
Não gosto de me sentir diminuído. É um pouco de complexo, eu acho. Sempre fui pequeno e magro, e por isso dificilmente imponho respeito.
Não sou machão, e longe disso. Não sou do tipo que domina uma situação ou relação, não acho isso necessário, e odeio ser forçado a fazer isso para que eu não seja o dominado.
Odeio dó, principalmente quando acham que estão pegando pesado demais comigo.
Eu não sou idiota e eu sei me defender. Mas acho desnecessário devolver quando você leva uma. Acho que vale mais você ficar na sua pra que o outro perceba o quanto ele foi escroto.

As pessoas tendem a dar patadas quando são tratadas bem demais. Não simplesmente ser tratada bem, mas saber que o outro se esforça pra te agradar causa irritação. Já apanhei e já bati, e isso é fato. Mas quando você leva você tem que fazer algo. Falar diretamente e com firmeza, ou tratar a pessoa com indiferença sempre dão efeito. Por mais que você não queira fazer isso, ninguém tem o direito de tratar ninguém mal. E eu fico puto quando alguém acha que pode, porque se acha melhor que o outro, ou sei lá porque.

Não tenho nada a ver com a vida dos outros. Já me meti demais em muita coisa, e não faço mais isso. As pessoas que façam o que acham melhor, mas isso não me impede de ter minhas opiniões.
E porra, como tem gente escrota e gente boba por aí.

Ah, e voltando ao assunto original do post, eu gosto de ser assim. Há muito eu não escondo mais minha essência nerd, e pau no cu dos descolados.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Ilusões, loucuras, bobeiras..

Eu sei que eu já disse isso, mas quero amar alguém.
Já discuti com amigos os motivos de ter alguém, e são muitas coisas. Mas sinto falta de alguém.

Agora pouco citaram 500 Dias Com Ela, e como eu fico maluco quando falam desse filme. Vontade há tempos de ver de novo.

Vou trocar o dia pela noite hoje, como diz minha mãe, por causa de uma porra de aula que nem vai existir mas que precisa ser marcada com a minha digital.

Sei lá, tô com vontade de falar merda. Ou não falar nada, só ficar quietinho com alguém.

Não sou bom amigo às vezes. Não respondo mensagens de pessoas importantes, eu sumo, eu sei lá.

Quero fazer loucuras, quero ser livre. Quero não cumprir horários, quero ficar com pessoas divertidas. Quero rir, quero falar bobagem.

O que fazer pra me manter acordado sozinho?

É bom fantasiar. É bom criar coisas na sua cabeça e reproduzir no papel, ou aqui. É bom, principalmente quando você tem noção dessa ilusão.

Esse post tá uma grande merda. Mas tá me ajudando a ficar acordado. Caramba, só mais uma hora!

Sabe o que eu quero? Massagem! Completinha.

Tô cansado. Mentalmente e emocionalmente. E fisicamente neste exato momento.

Sou fiel demais. Sou crédulo demais. Sou bobo demais.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Her Majesty

Estava ouvindo Abbey Road quando ela apareceu. Chegou bem na melhor parte, estava começando o medley. E eu fico maluco nessa parte.

one two three four five six seven
all good children go to heaven


A primeira coisa que fez quando abri a porta foi voar em mim e me dar um abraço. Daqueles que você se entrega, sente tudo e não sente nada. Daqueles abraços sem um fim, que não causam incômodo após alguns segundos. Daqueles de verdade.

everybody's laughing
everybody's happy
here comes the sun king


O abraço passou, e nada foi dito. Não estava bom pra palavras. Não tinha o que dizer, e nem vontade. Já estava lá pelo terceiro copo, e estava descendo fácil. Ofereci alguma bebida mas ela não aceitou.

always shouts out something obscene
such a dirty old man


Peguei sua mão e voltamos pro abraço inicial, me deu vontade de dançar. Começamos mexendo os pés de leve, no ritmo da música que começava. Queria sentir aquele som que se espalhava pelos cantos da sala enquanto me soltava no corpo dela.

yes you should see polythene pam
yeah yeah yeah


Seu cheiro me deixava tonto. Seu pescoço, sua nuca, seu ombro. Deslizava os dedos pelas sua costas por debaixo da blusa, sem maiores intenções. Queria apenas sentir seu corpo e os arrepios que vinham cada vez que descia e subia a mão.

sleep pretty darling do not cry
and i will sing a lullaby


- Te adoro. - ela disse no meu ouvido.
Chegava a parte agitada do medley, mas continuamos só nos passinhos.
Eu também adoro ela, e pra mim isso significa muito mais do que um "eu te amo". Mas não gosto de responder essas expressões, sempre soa falso.

and in the middle of the celebrations
i break down


- Some de novo e eu arranjo outro pra dançar. - ela continuou, sem se afastar um milímetro.
- Você nunca encontraria trilha-sonora melhor. - respondi.
Ela me segurou mais forte.

and in the end
the love you take
is equal to the love you make


- Me beija logo.
Era tudo que tinha de dizer. Era tudo que ela tinha de ouvir.

i wanna tell her that i love her a lot
but i gotta get a belly full of wine
her majesty is a pretty nice girl
someday i'm gonna make her mine
oh yeah, someday i'm gonna make her mine

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nárnia

Não estou mantendo muito o padrão de leitura por dia, mas estou avançando bem. Finalmente estou conseguindo ir pra frente com Crônicas de Nárnia.
Estou lendo na ordem cronológica, e não na dos lançamentos. São sete volumes, e o que estou lendo é O Sobrinho do Mago. É o primeiro na ordem cronológica, e o sexto a ser lançado. Sei lá qual é o melhor jeito de ler, mas acho que assim vai ser legal.
Os três filmes (dois lançados e um em produção) são os três primeiros na ordem de lançamento, e não lembro muito bem da história dos dois primeiros, mas estou ansioso pra começar a ler o primeiro livro, que é o segundo na ordem cronológica, e relembrar o que vi no filme.

Eu tenho uma tendência a gostar de livros infantis, ou algo do tipo. Gosto da linguagem. Faz você viajar tão fácil.

Inexistente #2

Vi de longe uma menina andando sozinha naquela escuridão. Fazia o mesmo que eu. Ela olhou pra mim por alguns segundos, abaixou a cabeça e continuou andando. Não era possível ver tantos detalhes daquela distância, mas pude ver que tinha cabelo escuro, comprido até o meio das costas, e caminhava lindamente.
Tinha um ar despreocupado no seu andar. Se balançava toda, mas de forma suave. Seguia um certo ritmo, andava sem pressa e sem medo. Podia estar com a cabeça cheia de assuntos inacabados, ou completamente vazia. Ou os dois juntos, assim como acontecia comigo.
Quando você tem tanta coisa bagunçada na sua cabeça e para um pouco pra pensar, tudo continua lá mas você simplesmente apaga. Você não esquece, mas aquilo se torna secundário. É estranho acontecer justamente na hora que você pode analisar cada coisa, mas é assim que funciona. Vem tanta coisa ao mesmo tempo que você nem olha pra elas. E é bom assim.
Estava a um quarteirão de distância da menina. Ela olhou pra mim de novo quando chegou na esquina da rua de baixo e virou para a direita. Fiz o mesmo.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Ler e escrever

Metas: ler todo dia e escrever mais.

Tenho uma lista de livros que estou louco pra ler, mas demoro anos porque não consigo ler todo dia, ou por preguiça ou porque esqueço mesmo.
Já marquei um horário pra despertar eu me lembrar de ler. Quero conseguir minha meta de ler pelo menos meia hora por dia. Quando ficava horas dentro de um ônibus todo dia era fácil. Agora eu sempre arranjo outra coisa pra fazer.

Quero escrever mais. Tenho ideias, tenho vontade, falta desenvolver. Parei tudo no fim do ano, está na hora de voltar.
Tá tudo aqui dentro, só falta o momento certo pra soltar.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Yes!

É, livríssimo!

Não pensei muito depois da prova. Mas depois que pisei em casa, que delícia!

Pensei em tanta coisa e não pensei em nada nesses dias. Pensei em pessoas, tive sonhos estranhos. Pensei no agora, pensei algumas semanas na frente. Dei risadas, tive sono, e não tive quando precisava. Alguns pensamentos errados aqui e ali, algumas conversas com pessoas estranhas, e no fim foi um belo desfecho.

Sei lá, nem sei o que fazer agora. Quero as pessoas. Cheguei com todo mundo fora ou saindo. Mas mais uns dias e as pessoas aparecem.
Só tenho motivos para sorrisos bobos agora!

E aqui pode entrar qualquer música divertida com batidas animadas. A letra pode ser triste, mas a batida tem que ser dançante.
As músicas deprês estão me seduzindo aqui, mas deixa pra de madrugada.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Papo de velho

Pode parecer coisa de velho, mas o tempo passa rápido, não?

Eu tive anos tão bons e tão diferentes. E eu sinto uma pontinha de saudade de cada um deles.
Não voltaria no tempo se fosse possível. Sou saudosista pra caralho, mas eu me apavoro ao pensar na possibilidade de viver o que já vivi de novo. Mesmo as coisas boas.
Mas tenho mesmo saudade da sensação que tive em cada ano, de 2005 pra cá.

Ando meio jururu e não sei nem explicar porque. E as provas dessa próxima semana não me animam muito.
Perdi o pique. Dei tudo de mim nas provas que me importavam, e nessa agora tanto faz.
Mas talvez quatro dias longe de tudo me façam bem. Vou cumprir minha obrigação e me esforçar pra fazer bem feito. E depois disso eu só quero saber de vestibular no dias de resultados e matrículas. E acabou! Vida nova!

Acho que vou sentir falta das pessoas. Apesar de eu ser um escroto frio do caralho que sempre acaba esquecendo de todo mundo, eu vou sentir falta. Assim como eu sinto dos anos que passaram, mas nunca querendo voltar pra trás.

Eu não tenho a menor noção de como vai ser. Não sei com quantos amigos vou perder o contato. Não sei quantos novos amigos pra vida inteira vou fazer. Não sei se vou encontrar mais algumas "mulheres-da-minha-vida-do-momento".
Só sei que quero aproveitar enquanto estou aqui permanentemente, ao mesmo tempo que estou louco pra ver como vai ser depois.

Caramba, tem música que mexe comigo pra caralho.
E não era nenhuma dessas, mas enfim.

(essa é pra alguém que ainda não conheci)

[...]
pois eu, eu só penso em você
já não sei mais porque
em ti eu consigo encontrar
um caminho, um motivo, um lugar
pra eu poder repousar meu amor
[...]

(e essa só coloquei porque é muito boa mesmo)

[...]
tua flor me deu alguém pra amar
e quanto a mim?
você assim e eu, por final sem meu lugar
e eu tive tudo sem saber quem era eu...
eu que nunca amei a ninguém
pude, então, enfim, amar...

E acho que o título desse post me deu ideia pra fazer algo que não faço há mais de um ano.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Estranged

[...]
well i jumped into the river
too many times to make it home
i'm out there on my own and drifting all alone
if it doesn't show give it time
to read between the lines
'cause i see the storm's getting closer
and the waves they get so high
seems everything we've ever known's here
why must it drift away and die?

i'll never find anyone to replace you
guess i'll have to make it through this time
all this time, without you
i knew the storm was getting closer
and all my friends said i was high
but everything we've ever known's here
i never wanted it to die

Não ouvia essa música há muito tempo. Ela já fez muito sentido em outras épocas.
Preciso colocar pra tocar de novo. E depois preciso dormir.

"1, 2!"

Eu viajo nesse solo de teclado. E já fico pensando que vou enlouquecer com o que vai vir depois. Essa parte até o final é do caralho. O solos e depois o auge.
E essa letra pra fuder tudo.
Tinha até esquecido que os dois solos estão nessa parte. Ouviria essa segunda metade da música sem parar.

"i never wanted it to die!"

É, preciso dormir.

Mas quero ouvir mais músicas. Muitas.
Pena que o sono é tanto.

Aquela coisa..

Tô com vontade de romancezinho. Tô com muita saudade disso.
Saudade de sentir alguém e viver aquele negócio divertido de pensar na pessoa e a pessoa pensar em você, sem pensar muito sobre o que está acontecendo.

Mas sei lá, tô meio cansado de viver histórias proibidas. Mas caramba, por que são as que mais me atraem? Por que eu não tiro da cabeça pessoas que eu não posso?

Caramba! Quero viver romancezinhos.
Mesmo que seja pra sofrer um pouco, sei lá. É tão bom pensar em alguém e sonhar, e sentir aquela coisa lá dentro. Aquela coisa!

Tô levemente gay.

Quero pessoas. Quero não pensar em nada. Quero olhares, e boas conversas, e boas músicas. Quero fazer coisas legais.
Quero fazer carinho. Cara, é muito bom fazer carinho. E levar carinho também. Faz muito tempo que não levo. Fazer e levar é perfeito. Cafuné mesmo, ficar no colo.
Cara, que merda.

Quero descobrir pessoas. E descobrir mais sobre as que eu já conheço.
Eu amo demais as pessoas próximas de mim.

Sei lá, tô carente, eu admito.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Bons momentos..

Alguém disse que o ano mal começou e já está passando rápido.
É estranho como demora tanto pra chegar na contagem e de repente até esquecemos que é um ano novo.

Amanhã começa, para muitos, a última maratona de provas, e então férias. Tenho outra maratona ainda maior na outra semana, além dessa. Bom pra mim.
Minhas férias ainda demoram um pouco, mas não tenho do que reclamar. Lutei muito para que elas demorassem o máximo possível pra começar.

Vou ter boas lembranças dessa época. Vou guardar isso pra sempre.

Depois que isso tudo passar tenho que mudar algumas coisas. Um monte, talvez. Mas penso nisso só depois.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Novo ano

Nem sei o que dizer. Foi demais ontem.
Já dei feliz ano novo pra uma galera, e não canso de dizer. Esse ano vai ser incrível!

Ano inteiro pela frente. Quanta coisa a ser feita, quanta gente pra se conhecer, quanta coisa pra se aprender.

E quero o almoço logo!!