terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bobagem e viadisse

Tive que me afastar. Tive que sumir e mudar tudo. Não queria mais aquela sensação ruim a qual havia me acostumado. Não queria encarar seu rosto e ter que fingir. Queria falar, queria xingar, queria colocar tudo pra fora. Mas não conseguia. Não podia fazer isso. O que eu podia fazer era desaparecer e fingir de longe. Dizer que está tudo bem sem olhar nos olhos é fácil.
Não deixei de pensar nela, mas era diferente, sabe? Não queria ser rejeitado de novo, e as coisas apontavam pra isso.
Acredito que fiz de forma inconsciente. Por muito tempo pensei que tinha feito errado, que tinha feto merda. Fiz errado mesmo, confesso; e percebi o tamanho daquilo somente anos depois. Mas não, não fiz aquilo por nada. Demorei a perceber que foi apenas uma reação pra uma série de ações que me atormentavam.
Ninguém cobrava nada de ninguém, mas queria cobrar. Ou não precisar cobrar; podia ser natural como era pra mim.
A roupa foi lavada, mas parece às vezes que algo continua sujo. As lembranças daquela época são embaçadas, não entendo. Quando me vem a cabeça vejo sempre um borrão em meio a flashes de momentos bons, dias felizes. Sei lá. Mas aí vem as merdas. Acabo pensando no momentos ruins, nas noites que deram errado, nas pessoas envolvidas.
Tenho um enorme carinho por aqueles momentos. Às vezes penso naqueles meses e apago tudo de ruim que sentia, seja lá por qual motivo fosse.
Lembro de todo o trajeto do primeiro dia até o grande final. Lembro da segunda vez. Lembro muito de um dia chuvoso debaixo de uma árvore minúscula. Lembro de um dia que era feriado só pra mim, e pude tirar o dia pra ver quem eu queria. Lembro de um aniversário que fui embora muito cedo. Lembro quando conheci pessoas da família e quase me enterrei no chão de vergonha. Lembro da flor.
Por algum tempo eu pensei que poderia ter sido algo mais. Não por agora, tanto faz agora. Mas por antes mesmo. Falando assim parece que ainda quero algo aconteça, e não tem nada a ver com isso. É só uma coisa que eu lembro com carinho.
Mas não era pra ser, simples assim. Foi bom do jeito que foi.
E não tenho mágoa de nada. Só não consigo encarar com naturalidade como tudo é agora.

Sei lá porque eu tô falando disso. Eu sou bobo.
E as coisas são melhores quando eu fujo. É melhor pra mim mesmo.

Um comentário:

  1. embaralhado rascunho de pensamento reflexivo e me confundi, por hora acho ser uma e de repente no meio da frase acabo por deduzir a outra.. uma tão efêmera que mais se fez presente indiretamente tenteando resgatar seja la oque fosse de algo que nem ela entendia oq foi, mas é tenencioso de mim falar desta por motivos óbvios do imaginário dum passado desconfortavel e a outra sem pé nem cabeça deixou-o de cabeça para os pés, não desgosto mas ainda assim já não gosto dela como parecia ser digno sentir. enfim.. manifesto esse apenas por que quando te atingem eu fico puta e geralmente não posso fazer mais que oferecer devaneios na madrugada com um copo na mão, e com notável distância e menor frequencia vou despresenetar mas não vai ser ausencia só lonjura..têem sobrado uma dose no fundo da garrafa, das que sobram mesmo por que não é para alguém além beber, e as vezes sobram duas, mas é que tem discursos que somente indestrutíveis conseguem ouvir o que falam de verdade; voz da consciência não-opressora e por vezes impiedosa; estou gay e esse comentario era só p deixar meu link haha! e dp me fala se a menina da flor, q ainda tem a flor, é aquela flor que assisti vc colher =D descobri um bloqueio q não me deixa ter sentimentos indiferentes ou ruins em relação à menina da flor do jardim da rotatoria e do par dela.. Ah, e as minhas divagações no blog são o corpo fala sabe, n tem concordancia, n termino frases e são basicamente receitas de chás!

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