segunda-feira, 12 de julho de 2010

E o velho brilho?

O namoro me estragou.

Já fui mais interessante. Já fui mais divertido.
Já tive meu charme, sabe?

Por mais que às vezes eu me esforce pra ter aquela leveza de antes e cativar as pessoas, não sai nada leve.
Não sai por causa do esforço.

Não deve ter sido só o namoro. Cito ele porque foi um evento muito importante numa época que naturalmente traria grandes mudanças.
Mas perdi boa parte do meu encanto.

Até hoje sinto vergonha do que fiz comigo mesmo, e por tanto tempo.

Podem dizer que mantenho um complexo daquilo tudo. Claro que negarei pra qualquer um com veemência, mas não aqui. Não pra minha consciência.

E o que acontece é que o complexo é comigo mesmo. Me odeio até hoje por ter me tratado como lixo.

Sempre penso que aprendi muito com aquilo.
Aí eu lembro que sempre fui assim, só que em menores proporções.
Aí eu me pego agindo assim de novo. E fico puto.
Fico puto porque eu sei que não consigo não me importar. Não consigo fingir pra mim mesmo.

E não era pra eu me sentir assim.

Isso que é bizarro, porque não tenho motivos. E o pior é que não é sempre que me sinto mal. Minha cabeça muda. Muda do nada e muda totalmente.
Qualquer pensamento, palavra ou sei lá. Qualquer coisa pode ligar meu alarme e eu viro outra pessoa. Depois mudo de novo.

Caramba! Quanta bobagem.
Quanta maluquice.

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