sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Simples, Direta e Bela

A felicidade surge de forma inesperada, sem real explicação, sem uma justificativa definida. Simplesmente vem, e às vezes fica por um belo e brilhante tempo. E não sei escrever poemas felizes, não tem jeito. Felicidade sempre foi um ponto contra-inspiração para mim, mas é tão bom viver, e cantar, e sorrir, e dançar sozinho igual um idiota por aí. Sem paixões, sem grandes mudanças, sem nada que possa ser um motivo óbvio. Talvez a felicidade não precise de motivos, simplesmente está lá para fazer a gente rir de forma sincera, sem desespero escondido.
Quando há tristeza, eu me alimento dela. Eu aproveito seu gosto, seu tempero, suas sutis sensações de morbidez e loucura. Me inspiro, penso, e penso mais, e escrevo, e reflito, e viajo na minha insanidade. Felicidade não tem o grosso caldo de escuridão que alimenta minha auto-destruição controlada. Fabrico o sofrimento, como uma forma de prazer e falsa sensação de um "eu" destruido. A auto-destruição só existe até os limites entre imaginação e razão. É bom aumentar o sofrimento e acreditar que somos mais complicados ou mais bagunçados do que realmente somos, nos dá vida quando não vemos graça no que há em volta.
Sofrimento é complexo; mas felicidade, não. Felicidade é simples e direta. Sem justificativa, é bela porque é.

[...]
Gotas de chuva continuam caindo na minha cabeça
Mas isso não significa que meus olhos vão em breve se tornar vermelhos
Chorar não é para mim
Pois nunca vou parar a chuva reclamando
Porque eu sou livre, nada está me preocupando
[...]

*assobios e assobios*

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